segunda-feira, 31 de março de 2008

Sobre as buscas e as fugas.


E ela vivia procurando por ele em todas as avenidas, ruas e lugares. Ruborizava ao passar por carros iguais ao dele, não julgava a sua míopia e perseguia os homens com o seu arquétipo. Era assim no início.
Hoje ela reza e implora fervorosamente a todos os santos que nunca acreditou, que não permitam que cruze com ele, que ele não apareça de repente, ou passe com sua nova namorada. Suplica para que não receba mais um golpe baixo.
Não tem frustração, ódio ou mágoa.
É só decepção branda.
Hoje, pouco importa que ele tenha sido hipócrita e execrável, pois como fracasso, ele foi maravilhoso...

3 comentários:

Antonio Sávio disse...

Perfeita noção dos paradoxos.
Genial.

Bárbara Lemos disse...

Gostei da reviravolta... boa maneira de pensar essa.

Beijos, linda.

La Maya disse...

Nossa... queria eu ter tido ao menos um desses fracassos maravilhosos... Comigo, os fracassos foram só fracassos.
Ou medo e incompetência de seguir em frente.
Não sei se um dia vou saber o que realmente foi. Só sei que foi um fracasso. Um fracasso miserável.