segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sobre o escudo da alma!




Andando na orla rumo ao segundo emprego da minha vida, um segundo emprego que eu ganharei um pouco mais que o primeiro, vai me render algumas publicações e algumas viagens, caminho entusiasmada!
Um segundo emprego onde conviverei com pessoas que também passaram por uma mega bateria de entrevistas e testes, pessoas inteligentes, que têm humor irônico e um chefe que todo mundo odeia, mas que me adora.
Andava e agradecia a Deus por poder trabalhar com vista para o rio, por poder chegar lá todos os dias de barquinha e andar numa orla elitizada e silenciosa. Descobri que nesse caminho, posso ouvir meus pensamentos. Ainda descobrirei se isso é bom ou ruim.

São 11 minutos de caminhada e passei pelo brinquedo onde aos sábados de manhã meu pai me levava para fotografar. Coisas de concreto que imitavam joaninhas, minhocas, borboletas ainda estavam lá. Esquecidos num canto, quebrados, amontoados. Aquilo me apertou o peito. Não era mais colorido, tim cor de sujeira, e a joaninha não tinha mais olhos! Sorte a dela.

Será essa a resposta sobre o que acontece com as pessoas que colocamos no passado? Depois que a gente usa, pouco importa o que ela foi, pois o que importa é o que eu quero daqui por diante? Então, por isso, pouco importa se ela está na merda ou esquecida num canto de uma praça? Pouco importa que ela tenha um peito, um coração, só o que importa é o que eu quero a partir de então?

Era sábado de manhã. E não havia ninguém tirando fotos com aquela joaninha. Isso me angustiou a tal ponto, que... bem... Não que eu tenha me sentido como aquela borboleta, ou a joaninha, muito menos a minhoca, ah, claro que não. Eu nem estava triste, eu estava indo para o meu primeiro dia no segundo emprego da minha vida! Isso não era tristeza, é uma nostalgiazinha, uma dor no peito, daquelas que eu já quase me acostumo a conviver. Não, não tem nada a ver comigo. Eu ando na rua e as pessoas me notam. Sempre sai um elogio, uma cantada barata, uma paquera silenciosa. Eu não estava me sentindo uma delas. Eu não estava me sentindo uma delas. Repete, sete vezes! E descobri também que o importante não é ser notada, é não ser esquecida por quem disse ter nos amado tanto.

Nessa hora que entendi o porquê que, estabanada que sou, nunca perdi meus óculos escuros. Ao menos isso.

Meus pensamentos são assim, uma fábrica de teorias que diverte as minhas amigas e atropelam os pensamentos.

Já fui assaltada, já me levaram mp3, celulares, até livro já me roubaram! Mas meus óculos, que custaram bem mais que os celulares, mp3 e livros, nunca foram levados, e eu também nunca os perdi. Estão sempre comigo, e eu até então, não sabia da sua real utilidade.
Quando ando na rua, não é o colo da minha mãe que procuro, nem o ouvido de algum amigo pra desabafar quando meu peito aperta. Eu enfio a mão desesperada na bolsa e procuro meus óculos escuros, porque a minha dor não tem bom-senso. Ela chega e não quer nem saber. Daí eu ponho meu ray ban que me deixa bem blasé, e os homens gostam disso, eles olham e entortam o pescoço pra continuar olhando aquela mulher vil, que mal sabem eles, que por detrás daqueles óculos, se cega em lágrimas.


Sempre que vejo uma mulher de óculos escuros, eu me pergunto: Que dor ela esconde?


segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sobre os recados.

Tenho pensado tanto em você, meu amado blog. Ando relapsa, não é?
Mas venho te dizer que não é descaso, tem algo querendo te falar mas eu não sei o que é.
Uma pressa, uma urgência, sabe?

E o mais foda é que minha vida não tem passado de um monte de “quase”.

Estou quase conseguindo um emprego.
Estou quase conseguindo o corpo que sempre quis.
Estou quase na metade do curso.
Estou quase conseguindo me fazer de burra, cega e idiota.
Logo, estou quase conseguindo recomeçar a me amar.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Das lições que eu devo aprender!

- Não faça perguntas que não te direi mentiras.