sábado, 9 de fevereiro de 2008

Dos encontros casuais.


- Ei, você está bem?
( Não, não estou, na verdade eu estou péssima, tem 3 dias que eu não durmo direito, finalmente perdi aqueles 4 quilos que você tanto implicava, agora eu estou gostosa, bem verdade, mas pra quem mesmo? Você não me quer, é, eu lembrei. E meu cabelo também está caindo, minhas unhas quebrando, eu não estou comendo. Eu nem tenho mais lágrimas, quando quero chorar meus olhos só ardem e muito. Meus amigos estão de saco cheio da minha ladainha de você. Eu estou aqui com o cu na mão porque estou te vendo e se você sorrir pra mim mais uma vez assim eu vou te beijar)
- Sim, claro, estou ótima, e você?
(Estou ótimo, finalmente me livrei de você, não aguenta mais aquela tua mania de controlar tudo, cobrar tudo, sempre, sua voz me irritava, eu hoje não dou satisfação a ninguém, estou comendo aquela tua amiga, estou comendo a vizinha e a prima dela, vou comer minhas clientes, vou viajar no próximo feriado e tô indo agora para a casa do Marcão que a gente vai passar a noite jogando no Xbox que ele comprou)
- Estou com saudades de você.
(Aí, está vendo sua burra, ele ainda te ama!)
- Sei, então é isso, a gente se vê, tchau.
(Tchau)
- Tchau

3 comentários:

disse...

O Sollers tem um texto, salvo engano, q o título é Dos diálogos inaudíveis (ou algo q o valha), caberia bem pra esse caso tbm.

E o pior: é bem assim mesmo. Hora estamos de um lado, ora de outro. Mas estamos sempre por lá. rs.

Bárbara Lemos disse...

O amor é o ridículo da vida...

Adorei a idéia do texto. Tinha pensado em escrever algo assim desde que li o do Sollers que a Jô citou. Sei lá, minha imaginação não anda muito boa.

Bota a cerveja na geladeira, menina.

Victor Viana Clemente disse...

Nossa... Muito bacana a idéia do texto...
Adorei seu blog... Pensamentos interessantíssmos...
As imagens muito bonitas, instigantes.... Parabéns
Vou linkar você lá no meu blog...