sábado, 24 de novembro de 2007

Sobre as noVIDAdes.


Meus dias têm escorrido rápidos, apressados, com pouca dor e novidades, velhas novidades. Vivencio a necessidade de precisar silenciar por uns dias. Preciso acordar em outra morada, em outro estado, respirar umidade, um lugar onde só pensar com a cabeça apoiada num ombro acostumado baste.
Sentir,
O céu, o sol, o mar, a-mar. Preciso sentir o que sou, o que me transformei e aproveitar o que espero.
Porque esta época, como todas, é de mudança, de des-cobrimentos.
Pensei mesmo em desistir, parar de insistir em você, largar tudo, e encontrar o equilíbrio em mim.
Mas percebi que gosto mesmo do arrepio anunciado da sua chegada, e quando de fato chegas, aplaudo a festa que se dá em todos os cantos do meu corpo. E sempre percebo que eu gosto mesmo é de me ver pelo reflexo das lentes dos teus óculos.
Em teus olhos, vejo um cardume de sonhos, e eu sei que sempre estou lá.
Para viver isso, vou me calar um pouco enquanto refaço o mapa do meu destino e elimino definitivamente essa geometria de triângulos que só serviram pra me espetar com suas pontas tão agudas.
Então me calo para livrar do que resta, de todo o medo, de todo aperto. Calo-me para ser eu de novo e para poder nos ver, em você.

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