sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Sobre as artimanhas.


Olívia era daquelas garotas inteligentes, engraçadas e parceira de bebedeiras. Tinha nos cabelos cachos d’ouro e um olhar de lince.
Sempre fascinava todos os homens que conhecia, para todos, ela era uma musa, era ímpar.
Para Ele, um par a mais.
Fazia vasos de cerâmica, pintava quadros, cantava, dançava e escrevia textos de teatro.
Para Ele, uma peça a mais.
Lia Proust, Kafka, Dostoiesvik, Reich e Clarice, entendia de religião, de estrelas, cozinha e decoração.
Para Ele, um capítulo qualquer.
Tinha rebolar faceiro e riso largo, por isso Olívia poderia ter quem quisesse, quem sonhasse querer.
Mas era ele, que sempre a enchia de vazio, quem mais preenchia.

Um comentário:

La Maya disse...

Ah, esses amores complicados...
Deviam inventar um jeito de fazer o coração funcionar de forma racional...

Beijos e um feliz e produtivo 2008!