domingo, 16 de dezembro de 2007

[Nu]ances


Ontem eu deitei nua, deitei nua para me despir de barreiras e limites, daí lia Caio alternado com o Garcia Marquez, olhava também para trechos da Anaïs, e um bloco velho com anotações perdidas.

Nua e o vento vindo da rua, a lua me enchendo de apetites com o sol querendo apontar do outro lado, e estive lendo, ávida, deitada na rede com o livro apoiado entre as pernas...

O bico do peito apontava o trecho:

“E chegou o dia em que o risco de permanecer apertada no botão era mais doloroso que o risco necessário para florir.” Anais Nin.

Estando nua, a literatura ontem foi meu único acessório.

Um comentário:

La Maya disse...

Que bonita frase de Anais Nin,
e que bonita imagem você descreveu...