segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sobre os sonhos.


Ela não podia insinuar, nem pedir abraço, não podia tocar, muito menos reclamar. Ele não diria que estava ferido, até fingia que quase não doía, e ela fingia que quase não machucava. Não se diziam nada, fechavam os olhos e deitavam um sobre o outro e ouviam o barulho do vento, fingiam dormir para enfim sonharem.
E sonharam o mesmo sonho. Não tinha hematomas, sufoco, dor, aperto no peito, nem coração exposto, estava tudo bem, enfim, outra vez.

4 comentários:

La Maya disse...

Oi G.!

Como foi o fim de 2007 e o início de 2008 pra você?

Mas que angústia me deu esse seu texto, e ao mesmo tempo uma sensação de que as coisas podem, sim, melhorar... e nada como um dia depois do outro.

Será que o que estraga os relacionamentos são os diálogos? Será que deveríamos nos dizer apenas o absolutamente necessário ou só compartilhar interesses em comum?

Não... na verdade crescemos com as brigas, os erros, ficamos maiores, mais fortes e... capazes de amar mais. E melhor talvez.

Deixei um selo-homenagem pra você no meu blog, presente de boa-sorte-em-2008!

Agora me deixe ver o que perdi por aqui na minha ausência!

Beijos

disse...

Que bonito isso... de deixar a gente suspirante...

disse...

Menina, agora que eu vi que és um dos pés do tripé do SobreMortes do qual só conhecia dois até então. :)

La Maya disse...

Não merece a metade? Modesta...! rs
Pode ficar à vontade lá no blog, "take your time", a casa é sua!

Beijos e um ótimo fim de semana!