sábado, 12 de janeiro de 2008

Encontro de Escrit[d]ores

Eu tomando vinho de graça e cheia de graça assinando no livro de comentários destes grandes.


Sempre defendi veemente a teoria de que o youtube é melhor que sexo. E olhe que eu GOSTO de sexo. Quer assistir Jacques Brel interpretando a sua célebre Ne me quite pas? Lá tem. Quer assistir Tom e João Gilberto cantando juntos? Lá tem também. É gozo de graça e com graça.
Mas meus caros, nada substituiu a noite que tive ontem.
Sai com quatro homens.
Tive inenarráveis orgasmos, melhor que o youtube.
Finalmente a minha fantasia mais erótica realizada: a noite de autógrafo destes titãs, e eu lá, sementinha, vendo esses grandes, já colhendo frutos.
Entrei na livraria nada tímida e já procurando aquela figura ímpar, de cabelos tão longos quanto os meus, grisalho, óculos amarelos e verbalizando os maiores impropérios pra algum colega.
Era ele, LUPEU LACERDA, autor de Entre o alho e Sal. Quem me conhece sabe da minha verdadeira devoção a esse cara, ao que ele faz, ao que escreve, Lupeu é mágico, Lupeu é um et, um dia teremos intimidade suficiente para ele me admitir isto. Eu amo Lupeu, amo de encher o peito, a boca e a alma. Eu estava tão orgulhosa por ele ontem. Eu transpirava felicidade, queria que o mundo pudesse escutar Lupeu. Ele me recebe assim, doce, doce, com um abraço longo, saudoso e logo diz: - Vem que eu vou te levar ao Gustavo.
Daí enfim, abraço tímido no crítico-escritor-chef-cozinheiro-doce-Gustavo, autor de O amor é uma coisa feia, que apesar dos fios brancos denunciarem, Gustavo ainda traz a voz suave e o olhar de menino. Me autografou carinhosamente o seu livro. Aline chega, finalmente, uma amiga-espelho, só que os farois dela são muito mais reluzentes que os meus, mas calma, não se empolguem, não falo dos seios dela aqui, não ainda. É dos olhos de lince daquela moça. Logo arrumou escritores-fãs por todos os lados, virou musa de algum dos escritores que a fotografava a cada passo que dava. Tímida-tímida, me chama pra coadjuvar a fotografia dela. Daí encontro meu amigo blogueiro da risada mais gostosa do mundo, Cesinha com umas madeixas quase iguais as de Lupeu e num papo sobre literatura (claro) Falamos sobre Caio F. Abreu, de imediato Lima Trindade se revela a mim também um fã de Caio, e assim conheço o Lima, fígura interessantíssima que disse: -Você precisa ler meu livro. Em seguida e finalmente conheço o outro escritor, acho que tão jovem quanto o espírito de todos os outros, mas certamente ou ao menos aparentemente mais ajuizado que Lupeu e Gustavo juntos, o Sandro Ornelas, autor de Trabalhos do corpo. Sandro é calado, parece que tímido ou pelo menos foi o que ele aparentou ser lá do outro lado de uma mesa enorme cheia de livros, bêbados e bebidas. Assim como o Lima, Sandro me autografou um livro.

Passamos a noite conversando e eu transbordava de felicidade, feliz por mim, pelos meninos, pelo encontro, parece que os loucos se reconhecem dentro da sua normalidade. Como uma irmandade secreta, eles vinham e sentavam, puxavam um assunto sempre polêmico-interessante-engraçado-culto-sem frescura.

Resumo da ópera é que dormi com os quatro. Todos na minha cama. Os livros, claro.
E hoje tem mais, moqueca de não-sei-o-que-ainda preparada pelo chef-que-não-gosta-de-ser-chamado-de-chef na casa do Lupeu, com a mesma turma, acho que a mesma cerveja deles, porque hoje acabei de jurar aos meus orixás que não bebo nunca mais!
Melhor que youtube, melhor que sexo, só a noite que tive ontem com esses caras.

3 comentários:

Helder CESAR pinto disse...

MInha Gabizinha,
você continua formidável nesse novo espaço.Amei, Adorei, Deslumbrei-me...como se estivesse há duas décadas sem te ver. Vocé é formidavelmente competente com as letrinhas. Parabéns!! Boa sorte!!

Morganna disse...

tantos escritores! quanta gente bonita! :D

sandro so disse...

Gabi, que bom que vc também achou mágico, e não apenas nós. Agora que estamos licados, vou aparecer por aqui para falar mais.
beijo